quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Aspectos Psicológicos da Amamentação


Não tenho dúvidas de que o melhor preparo para a amamentação é a informação.
As futuras mamães têm a informação de que é importante amamentar o bebê. Porém, a nível emocional, as dificuldades no decorrer do processo aparecem frequentemente.
Os estudos científicos comprovaram que, através da amamentação, a dupla mãe-filho tem maior oportunidade de envolvimento afetivo. A amamentação não é apenas um processo fisiológico de alimentar o bebê e sim um padrão mais amplo de comunicação psicossocial entre mãe e bebê.
Através do contato com a mãe a criança relaciona-se com o mundo, abrindo-se para novas experiências. É este contato corporal que constitui a origem principal do bem-estar, segurança e afetividade, dando ao bebê a capacidade de procurar novas experiências.
A mamãe que está amamentando precisa estar cercada de pessoas que a apoia sem desqualificar suas capacidades de cuidar do bebê e com isso os sentimentos de autoconfiança e satisfação emocional aumenta. Consequentemente, o reflexo de liberação hormonal ocorre e a produção de leite é satisfatória. Assim, é importante a existência de um ambiente familiar favorável que transmita harmonia.
As emoções afetam a lactação através de mecanismos psicossomáticos específicos. Calma, confiança e tranquilidade favorecem um bom aleitamento; por outro lado, medo, depressão, tensão, dor, fadiga e ansiedade tendem a provocar o fracasso da amamentação.
A amamentação constrói uma segurança emocional estreitando o vínculo entre mãe e o filho e nos proporciona um momento insubstituível.
Sendo assim, o relacionamento com a mãe se torna principalmente qualitativo. O que importa é como o seio é dado, ou seja, não se incorpora apenas o leite da mãe, mas também sua voz, seus embalos, suas carícias.
As carícias da mãe não só proporciona intensa sensação de prazer, mas progressivamente vai dando à criança limites do seu "eu" devido ao contorno que lhe é proporcionado pelo corpo materno.
O ato de amamentar é uma "vacina" contra a carência psico-afetiva da criança. No ato de alimentar o bebê, a mãe está semeando a primeira sensação interior de "auto-estima", está gravando no sistema nervoso do seu filho a paz do amor que ela sente por ele.


No entanto, observa-se comumente atitudes críticas, desencorajadoras e pouco confiantes por parte de parentes e amigos da puérpara, especialmente no que se refere à sua capacidade de amamentar; é frequente que, diante de qualquer coisa peculiar que aconteça ao bebê, as primeiras suspeitas recaiam sobre o leite materno (“é fraco”, “provoca cólicas”, “dá diarréia” ou “dá prisão de ventre”, etc.), carregando implicitamente uma mensagem de inadequação para a mulher como mãe com o efeito geral não só de inibir a lactação, através da ansiedade, como também prejudicar muitas vezes outras funções maternais, comprometendo  o estabelecimento de uma ligação boa e tranquila.
O leite da mãe não flui como um líquido excretado. É uma resposta a um estímulo, e o estímulo é o ver, o sentir o cheiro de seu bebê e o som de seu choro que indica a necessidade. É tudo uma mesma coisa, o cuidado que a mãe tem com seu bebê e a alimentação periódica se desenvolve como se fossem um meio de comunicação entre os dois – uma canção sem palavras.
A amamentação pode dar estimulação tátil à mãe e ao filho em um ambiente reativo para ambos.
Segundo Klaus y Keennell durante a amamentação o bebê pode ver com clareza o rosto da mãe, suas expressões faciais e sentir seu calor e seus braços. Ocorre uma grande comunicação silenciosa entre mãe e o bebê. É interessante perceber como o bebê para de sugar ou altera a frequência de sucção quando os pais começam a falar com ele durante a amamentação.
Assim, o relacionamento com a mãe se torna principalmente qualitativo. Não importa apenas dar o seio, o que importa é como o seio é dado e como as solicitações são atendidas, ou seja, não se está incorporando apenas o leite da mãe, mas também sua voz, seus embalos, suas carícias.
As carícias da mãe, no ato de amamentar, não só proporcionam intensa sensação de prazer, elas vão progressivamente dando à criança a configuração do seu próprio corpo permitindo o estabelecimento de limites do seu "eu" devido ao contorno que lhe é proporcionado pelo corpo materno.

Amamentar é uma "vacina" contra a carência psico-afetiva da criança. No ato de alimentar o bebê, a mãe está semeando a primeira sensação interior de "auto-estima", está gravando no sistema nervoso do seu filho a paz do amor que ela sente por ele.

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