Não
tenho dúvidas de que o melhor preparo para a amamentação é a informação.
As
futuras mamães têm a informação de que é importante amamentar o bebê. Porém, a
nível emocional, as dificuldades no decorrer do processo aparecem frequentemente.
Os
estudos científicos comprovaram que, através da amamentação, a dupla mãe-filho tem
maior oportunidade de envolvimento afetivo. A amamentação não é apenas um
processo fisiológico de alimentar o bebê e sim um padrão mais amplo de
comunicação psicossocial entre mãe e bebê.
Através
do contato com a mãe a criança relaciona-se com o mundo, abrindo-se para novas
experiências. É este contato corporal que constitui a origem principal do
bem-estar, segurança e afetividade, dando ao bebê a capacidade de procurar
novas experiências.
A mamãe
que está amamentando precisa estar cercada de pessoas que a apoia sem
desqualificar suas capacidades de cuidar do bebê e com isso os sentimentos de
autoconfiança e satisfação emocional aumenta. Consequentemente, o reflexo de
liberação hormonal ocorre e a produção de leite é satisfatória. Assim, é
importante a existência de um ambiente familiar favorável que transmita harmonia.
As
emoções afetam a lactação através de mecanismos psicossomáticos específicos.
Calma, confiança e tranquilidade favorecem um bom aleitamento; por outro lado,
medo, depressão, tensão, dor, fadiga e ansiedade tendem a provocar o fracasso
da amamentação.
A
amamentação constrói uma segurança emocional estreitando o vínculo entre mãe e
o filho e nos proporciona um momento insubstituível.
Sendo
assim, o relacionamento com a mãe se torna principalmente qualitativo. O que importa
é como o seio é dado, ou seja, não se incorpora apenas o leite da mãe, mas
também sua voz, seus embalos, suas carícias.
As carícias da mãe não só proporciona intensa sensação de
prazer, mas progressivamente vai dando à criança limites do seu "eu"
devido ao contorno que lhe é proporcionado pelo corpo materno.
O ato de amamentar é uma "vacina" contra a carência
psico-afetiva da criança. No ato de alimentar o bebê, a mãe está semeando a
primeira sensação interior de "auto-estima", está gravando no sistema
nervoso do seu filho a paz do amor que ela sente por ele.
No
entanto, observa-se comumente atitudes críticas, desencorajadoras e pouco confiantes
por parte de parentes e amigos da puérpara, especialmente no que se refere à
sua capacidade de amamentar; é frequente que, diante de qualquer coisa peculiar
que aconteça ao bebê, as primeiras suspeitas recaiam sobre o leite materno (“é
fraco”, “provoca cólicas”, “dá diarréia” ou “dá prisão de ventre”, etc.),
carregando implicitamente uma mensagem de inadequação para a mulher como mãe
com o efeito geral não só de inibir a lactação, através da ansiedade, como
também prejudicar muitas vezes outras funções maternais, comprometendo o
estabelecimento de uma ligação boa e tranquila.
O leite da
mãe não flui como um líquido excretado. É uma resposta a um estímulo, e o
estímulo é o ver, o sentir o cheiro de seu bebê e o som de seu choro que indica
a necessidade. É tudo uma mesma coisa, o cuidado que a mãe tem com seu bebê e a
alimentação periódica se desenvolve como se fossem um meio de comunicação entre
os dois – uma canção sem palavras.
A amamentação pode dar estimulação tátil à mãe e ao filho em
um ambiente reativo para ambos.
Segundo Klaus y Keennell durante a amamentação o bebê pode
ver com clareza o rosto da mãe, suas expressões faciais e sentir seu calor e
seus braços. Ocorre uma grande comunicação silenciosa entre mãe e o bebê. É
interessante perceber como o bebê para de sugar ou altera a frequência de
sucção quando os pais começam a falar com ele durante a amamentação.
Assim, o relacionamento com a mãe se torna principalmente
qualitativo. Não importa apenas dar o seio, o que importa é como o seio é dado
e como as solicitações são atendidas, ou seja, não se está incorporando apenas
o leite da mãe, mas também sua voz, seus embalos, suas carícias.
As carícias da mãe, no ato de amamentar, não só proporcionam
intensa sensação de prazer, elas vão progressivamente dando à criança a
configuração do seu próprio corpo permitindo o estabelecimento de limites do
seu "eu" devido ao contorno que lhe é proporcionado pelo corpo
materno.
Amamentar é uma "vacina" contra a carência
psico-afetiva da criança. No ato de alimentar o bebê, a mãe está semeando a
primeira sensação interior de "auto-estima", está gravando no sistema
nervoso do seu filho a paz do amor que ela sente por ele.
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